sábado, 14 de setembro de 2013

One Flew Over the Cuckoo's Nest (1976)




"If he's crazy, what does that make you? "


Numa época de prosperidade para o cinema norte-americano, que deu a conhecer obras como "Taxi Driver" e "The Godfather", eis que aparece um filme que serve de crítica aos hospitais psiquiátricos da altura. "One Flew Over the Cuckoo's Nest" trata-se de um clássico que aborda de uma forma fenomenal a forma como os pacientes dos hospitais psiquiátricos eram tratados na altura: como prisioneiros.
A história centra-se num grupo de pacientes que tem as mesmas rotinas: jogar às cartas, passear de autocarro durante uma parte do dia e reuniões diárias com as duas enfermeiras daquela ala psiquiátrica. É quando Randle McMurphy (Jack Nicholson) dá entrada neste hospital, (para fugir à pena prisional) que as coisas mudam por completo. Este personagem irá dar a ver o outro lado da moeda que o grupo de pacientes precisava de ter: a liberdade dentro daquelas grades.
É aqui que a luta por esta liberdade começa. Luta entre McMurphy e a enfermeira Ratched (Louise Fletcher), que irá fazer de tudo para que as rotinas dos pacientes não se alterem. No entanto, a ideia refrescante de fazer com que estes vivam a vida plenamente, fazendo o que mais gostam prevalece. Começam a jogar basquetebol, vão pescar todos juntos, bebem, jogam, e o mais importante de tudo: são felizes. Mas o medo é maior que a vontade de fugir, e quando McMurphy e o resto do seu grupo de amigos tentam enfrentar a enfermeira Ratched, as coisas não correm bem.
Este filme retrata a forma grotesca como eram os hospitais psiquiátricos no século XX: prisões psicológicas e entraves ao desenvolvimento do ser humano. A entrada de McMurphy neste hospital psiquiátrico é uma lufada de ar fresco para todos os pacientes e é o mesmo que mais irá sofrer. A questão que aqui fica é: quem são afinal os loucos do filme? Os pacientes do hospital ou os que lá trabalham?
Com uma prestação única podemos encontrar Danny De Vito, que representou um paciente do hospital, e que prestação tão meiga e sorridente. Por outro lado, encontramos Jack Nicholson, mais uma vez a fazer um papel brilhante, na pele de um revolucionário.
Esta película tem um facto bastante peculiar: o produtor da mesma é Michael Douglas, que o produziu em tributo a seu pai, Kirk Douglas, que havia comprado os direitos do filme nos anos 60.

Realizado por Milos Forman, o filme conta com alguns símbolos. O primeiro passa pelo significado do nome do mesmo: One Flew Over the Cuckoo's Nest vem de uma antiga rima norte-americana, que diz: 
“One flew to the north  
One flew to the south  
One flew to the east  
One flew to the west  
And one flew over the cuckoo’s nest”  

e que significa:

“Um voou para o norte
Um voou para o sul  
Um voou para o leste  
Um voou para o oeste
E um voou sobre o ninho do cuco”

Aqui percebe-se que cada um teve um rumo, e que o último realmente enlouqueceu, tal como no filme, infelizmente. Um outro símbolo passa por todas as técnicas que o realizador utilizou para a película.
Primeiramente, temos uma cena em que nos dá um plano geral, com um movimento de câmara panorâmico, mostrando um anoitecer. A servir de antítese temos a última cena, em que temos um plano também geral que mostra o amanhecer do dia, remetendo assim para todo o tema do filme: a liberdade.
Com uma montagem visível, este filme transmite cores muito frias, e isso é percetível nas cenas em que existem as reuniões diárias com as enfermeiras, e quando vão pescar. Já os planos, são muitas vezes médios e de conjunto.
Com uma banda sonora bastante divertida, encontramos Jack Nitzche, que compôs as músicas deste filme, ficando na maior parte das vezes na cabeça do espetador, o que é bom sinal!


Veja o trailer:


Para mais informações, clique aqui.


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