domingo, 27 de julho de 2014

O "monstro" que faz 60 anos acordou e foi em Hollywood





Ver este filme é quase como voltar aos tempos em que o Jurassic Park estava em vogue. O Gojira - nome japonês dado ao Godzilla - parece parente dos velociraptores e, aparentemente, é mau. 
Já se sabia que este filme ia ser um sucesso na bilheteria, até porque conta com um elenco de luxo: Aaron Taylor-Johnson (O Ilusionista, 2006, e Anna Karenina, 2012), Ken Watanabe (Inception, 2010, e The Last Samurai, 2004) e Bryan Cranston (Malcolm in the Middle, 2000, e Breaking Bad, 2008). 
Em termos de efeitos visuais, o filme leva pontuação máxima: Gareth Edwards fez uma mistura que evoca o 11 de Setembro, com os filmes de Steven Spielberg e até com o filme Cloverfield, mostrando uma explosão estética que o filme abarca consigo, repleto de prédios completamente destruídos, incêndios sem fim e pessoas a fugirem dos bichos.

Na imagem da esquerda: Godzilla na versão de 1954. Imagem da direita: Godzilla no filme de Gareth Edwards.

Relativamente à história, é de salientar o facto de ser idêntica à da versão de 1954, produzida pela Toho Film Company Ltd. No entanto, é óbvio que o filme de Gareth é muito mais sonante em termos de música e mesmo nos rugidos do "monstro". O próprio Godzilla, na versão mais recente, tem um ar muito mais... como dizer? Tenebroso - com a sua cauda que leva tudo à sua frente e com os seus 50 metros de altura -, enquanto que o de 1954 parece uma versão cómica de um bicho supostamente mau.
No entanto, a história é típica de um filme de Hollywood. Temos Bryan Cranston no papel de Joe Brody, um viúvo que perdeu a mulher no primeiro "atentado" do MUTO, um outro bicho - menos pavoroso mas muito mais horrendo -, e vai querer desvendar todo o mistério, acabando por ser considerado doido. 15 anos volvidos e Joe continua à procura de uma verdade. Claro que era ele quem estava certo e, aparentemente, seria de esperar que fosse ele a descobrir e a ajudar Serizawa na busca dos dois MUTOS e de Gojira, mas acaba por acontecer o contrário. 
Também seria de esperar que o Godzilla fosse um vilão, mas acabou por ser o herói para todos. 
É um filme que se vê bem num serão e bem acompanhado. Mas a única lição que a película dá ao espetador, é já óbvia: a de o Homem pensar que pode controlar a Natureza, mas é o oposto que acaba por acontecer. 

Curiosidades: O filme do britânico Gareth Edwards teve tanto sucesso nas bilheteira (cerca de 143 milhões de euros) que haverá uma sequela, e o Godzilla 2 já está em produção, mas ainda não foi anunciada a data de estreia. 


Veja o trailer:




Para mais informações, clique aqui.



Novos personagens para a terceira temporada de "Hannibal"





Durante a maior convenção de cinema em San Diego - o Comic Con 2014 -, foram revelados os novos personagens para a terceira temporada de Hannibal. Kacey Rohl voltará novamente como Abigail. Bryan Fuller, o realizador da série, ainda brincou com a situação, referindo que "seria divertido" fazer um episódio a explicar onde é que a personagem esteve durante a segunda temporada. “É mais provável que ela volte em um dos sonhos de Will”, afirma. Outro personagem que também voltará em flashbacks é Eddie Izzard, no papel de Abel Gideon.
De acordo com a TV.com, Fuller disse que a série contará com vários personagens das histórias de Hannibal na nova temporada, incluindo o inspetor Pazzi (episódio 2), Murasaki (episódio 3), Cordell (episódio 4) e o serial-killer Francis Dollarhyde (episódio 8).
Uma das estreias para a nova temporada é Raul Esparza, que interpretou o, supostamente, morto Dr. Frederick Chilton, morto com um tiro no rosto. "Estou de volta. O Bryan contou-me que eu iria sobreviver". Também Gideon volta ao ecrã, mas apenas num flasback.


Relativamente às receitas da terceira temporada, a primeira temporada contou com comida francesa, a segunda com japonesa e, agora, foi anunciado que o foco será na comida italiana. Desta forma, os nomes dos episódios farão alusão aos pratos italianos. 

Fuller contou ainda que o quarto episódio desta temporada será um flashback para os fãs entenderem o que aconteceu durante esse período de tempo e terá como foco Mads Mikkelsen e Gillian Anderson. “A primeira metade da temporada é relativamente mais leve. É sobre a procura de Hannibal”, acrescenta.

Novo trailer de "The Walking Dead" já foi divulgado





A série que invadiu os nossos ecrãs desde 2010 já tem um novo trailer para a sua quinta 
temporada. O trailer foi divulgado durante a Comic Con 2014.
The Walking Dead volta, nos EUA, no próximo dia 12 de outubro. Resta-nos aguardar pela data em que a temporada irá arrancar em Portugal. 
Pelo trailer podemos perceber que, mais uma vez, a história centra-se em Rick Grimes (Andrew Lincoln - Love Actually, 2003). É de prever mais sangue, ação e zombies com uma melhor maquilhagem.

Fica aqui o trailer:


sábado, 26 de julho de 2014

Por onde andam as crianças vedetas do cinema dos anos 80 e 90?






Haley Joel Osment




Basta olhar para a imagem da esquerda para reconhecer logo aquela carinha de menino que tantas vezes apareceu nos ecrãs. Conhecemo-lo de O Sexto Sentido (1999), em que protagonizou uma criança que via pessoas mortas, e de tantos outros, como Inteligência Artificial (2001), em que fez do dócil David, num filme com Jude Law. 
Os anos passaram e, já não é recorrente vermos filmes em que Haley Joel Osment apareça. O ator faz agora séries, e o seu mais recente trabalho vai ser a entrada na série "Entourage".


Danny Lloyd




O ator Danny participou num dos melhores filmes de terror de sempre: The Shining (1980), ficando conhecido pelo seu papel como... Danny!
Mas este foi o seu único papel relevante. O que fez depois, é uma incógnita. 
As diferenças entre os dois Danny's são visíveis e o da fotografia da esquerda pode já passar, possivelmente, despercebido pelas pessoas. 


Dakota Fanning 




Dakota Fanning. Talvez seja uma das crianças que mais sorte teve no mundo de Hollywood. Podemos reconhcê-la de filmes como Man on Fire (2004), em que fez o papel de Lupita Ramos, uma menina que foi raptada, fazendo com que o seu guarda-costas, Mr. Creasy (Denzel Washington), faça de tudo para a encontrar. Também nos podemos lembrar da histérica Rachel de A Guerra dos Mundos (2005), que teve do seu lado o enorme Tom Cruise.


50 shades of Grey (2015)






A espera interminável dos (neste caso, deve ser mais "das") fãs acabou: o trailer oficial do 50 Sombras de Grey já pode ser visto. É verdade, agora resta apenas aguardar mais sete meses para poder ver o filme por completo, visto que o filme só sai nos cinemas dia 14 de fevereiro (espertooos, assim os casais já sabem (possivelmente) o que lhes espera!)
Resta saber se a película irá conter ou expressar com exatidão o que o livro de E.L. James narra, sem tabus. Que vai ser um sucesso nas bilheteiras, isso todos já sabemos.
Os protagonistas são Dakota Johnson, que já entrou nos filmes A Fera (2011) e A Rede Social (2010), e Jamie Dornan - no papel do dominador Mr. Grey -, que não tem uma carreira ainda muito sólida, mas espera-se que, com este filme, se afirme no mundo da sétima arte.

Ver para crer!

Fica aqui o trailer:

Noah (2014)





Todos os filmes que abordam a Religião tendem a ser polémicos. O filme Paixão de Cristo (2004) do actor Mel Gibson foi controverso. Porém, não foi isso que aconteceu com "Noé", do talentoso Darren Aronofski - conhecido por ter realizado Requiem for a Dream (2000) e Cisne Negro (2010). Na película, podemos ver uma versão da arca de Noé mais adulta e moderna, mas nada mais do que isso. 
Reza a história que, quando Deus criou o mundo (em sete dias), criou também o Homem na sua total pureza. Sem pecados nem maldades. Eva e Adão provaram que existiam desejos que tinham que ser saciados. 
O que Deus produziu em sete dias, o Homem destruiu em gerações e algo tinha que ser feito. Um dilúvio que terminasse com todo o Mal teria que acontecer. E foi Noé o escolhido para separar o Bem do Mal.
Através da narrativa de Aronofski, podemos perceber logo de início a antítese existencial em torno da família de Noah (Russel Crowe) e do resto da Humanidade, sucumbida aos prazeres da vida.  
Noé foi o escolhido pelo "Criador" para recomeçar uma nova era pela sua bondade e justiça, valores que, na altura, não existiam. Juntamente com os seus três filhos, Ham (Logan Lerman), Shem (Douglas Booth) e Japheth (Leo Carroll), a sua mulher Naameh (Jennifer Connely), a sua nora Ila (Emma Watson), o seu avô Methuselah (Anthony Hopkins) e os Guardiões, Noé começa a construir a arca que iria proteger todas as espécies animais terrestres. 
Além destes personagens, todos os outros teriam que morrer, punidao pela sua crueldade. Mas porquê salvar apenas a família de Noé, se também são humanos e têm desejos e emoções?
É com esta pergunta que Noé se debate ao longo do filme e seria de esperar uma reação dramática do público em torno deste dilema. Mas se era Justiça que tinha que ser feita, todos os humanos teriam que morrer. Foi esta a  decisão inicial do protagonista, que todos teriam que morrer, porque era o mais justo. Até aqui, nada de anormal, mas o desfecho do filme foi tudo menos surpreendente.
Aronofski não acrescentou nada de novo ao filme e limitou-se a contá-lo através de uma narrativa contemporânea, adulta e, decerto, dispendiosa. O realizador não criou nenhuma história realmente dramática em torno dos personagens, embora seja de elogiar o seu esforço em tentar que houvesse um certo tipo de empatia entre o nascimento das filhas de Ila e Shem que, supostamente, teriam que ser mortas à nascença. Mas, se toda a Humanidade teria que sucumbir, o mais normal seria que todos acabassem por morrer e ninguém fosse poupado. Mas o amor, como em todos os filmes, resolve tudo e este não foge à regra. O amor de Noé pelas suas netas faz com que este decida se a sua família pode sobreviver na nova Era, ou não. E, como já era de esperar, claro que optou por deixar a sua família viver e o "Criador" também não se opôs. 
Se o "Criador" quis terminar com a existência da Humanidade por esta não ser, supostamente, boa, porquê deixar viver oito pessoas? Para isso, não tinha feito nada e todas as vidas tinham sido poupadas a um afogamento que, segundo o filme, serviria para purificar o Mundo. É compreensível que, no filme, Noé e a sua família sobrevivam, uma vez que tinham bondade no coração e foram eles quem construiram a arca. Mas bondade todas as pessoas têm, eles não seriam exceção. Prova disso é a menina que Ham conhece, Na'el, que era "inocente" e pertencia ao lado "mau" dos humanos. Mas acabou por morrer. 
Ao sobreviverem, acabaram por não alterar as coisas porque, geração após geração, a Humanidade voltaria a sucumbir às tentações, mais uma vez. 
Também para não fugir à regra dos filmes de Hollywood, Aronofski teve que criar um vilão - Tubal-Caim (Ray Winstone), descendente de Caim - que fez de tudo para que todas as pessoas entrassem na arca, mesmo que tivesse que matar todos os que se opunham a tal. É a partir da população que teria que morrer, que o espetador percebe o antagonismo presente no filme: do lado da família de Noé, a arca e a bondade para com os animais, que foram poupados de tudo e todos. Do outro , pessoas sem dó nem piedade, que matam animais para sobreviverem e pessoas, por ganância e luxúria. 

Local em que a arca de Noé foi construída.
É através deste antagonismo que podemos perceber o contraste do filme nas cores: as quentes permanecem na família de Noé, símbolo do amor, da bondade, da justiça e do bom. Já as frias, bom... adivinhe. Ficam para as outras pessoas, símbolo da crueldade existencial da época.
Local onde a restante Humanidade de mantinha, antes do Dilúvio.












Com uma montagem visível, o filme conta com vários planos aproximados, principalmente nas cenas mais dramáticas (quando Noé tenciona matar as netas). Não são percetíveis slow-motions nem muitos flashbacks, acabando por não tornar o filme, esteticamente, mais apelativo.

Close-up de Noé a tentar matar as suas duas netas.














Existe uma cena em que Noé conta aos seus filhos, nora e mulher a história da criação do mundo em apenas sete dias. A tecnologia utilizada para descrever a evolução diária do planeta foi tudo menos original. Fez lembrar os documentários da Odisseia e do National Gepgraphic sobre o Cosmos. Aqui poderia ter puxado mais pela imaginação e ter feito algo extraordinariamente fantástico para captar a atenção do espetador. 
Segundo dia da criação do Mundo.

É de salientar a excelente atuação de Emma Watson, que deixou de ser a menininha britânica Hermione Granger, do lendário Harry Potter e passou a ser uma mulher com desejos. Também é de mencionar que esta é a segunda vez que Jennifer Connely e Russel Crowe protagonizam um filme e que fazem de casal: o primeiro foi Uma Mente Brilhante (2001), uma história verídica sobre um grande matemático que sofria de uma doença.

Aqui fica o trailer:


Para mais informações, clique aqui.

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