Ver este filme é quase como voltar aos tempos em que o Jurassic Park estava em vogue. O Gojira - nome japonês dado ao Godzilla - parece parente dos velociraptores e, aparentemente, é mau.
Já se sabia que este filme ia ser um sucesso na bilheteria, até porque conta com um elenco de luxo: Aaron Taylor-Johnson (O Ilusionista, 2006, e Anna Karenina, 2012), Ken Watanabe (Inception, 2010, e The Last Samurai, 2004) e Bryan Cranston (Malcolm in the Middle, 2000, e Breaking Bad, 2008).
Em termos de efeitos visuais, o filme leva pontuação máxima: Gareth Edwards fez uma mistura que evoca o 11 de Setembro, com os filmes de Steven Spielberg e até com o filme Cloverfield, mostrando uma explosão estética que o filme abarca consigo, repleto de prédios completamente destruídos, incêndios sem fim e pessoas a fugirem dos bichos.
Na imagem da esquerda: Godzilla na versão de 1954. Imagem da direita: Godzilla no filme de Gareth Edwards. |
Relativamente à história, é de salientar o facto de ser idêntica à da versão de 1954, produzida pela Toho Film Company Ltd. No entanto, é óbvio que o filme de Gareth é muito mais sonante em termos de música e mesmo nos rugidos do "monstro". O próprio Godzilla, na versão mais recente, tem um ar muito mais... como dizer? Tenebroso - com a sua cauda que leva tudo à sua frente e com os seus 50 metros de altura -, enquanto que o de 1954 parece uma versão cómica de um bicho supostamente mau.
No entanto, a história é típica de um filme de Hollywood. Temos Bryan Cranston no papel de Joe Brody, um viúvo que perdeu a mulher no primeiro "atentado" do MUTO, um outro bicho - menos pavoroso mas muito mais horrendo -, e vai querer desvendar todo o mistério, acabando por ser considerado doido. 15 anos volvidos e Joe continua à procura de uma verdade. Claro que era ele quem estava certo e, aparentemente, seria de esperar que fosse ele a descobrir e a ajudar Serizawa na busca dos dois MUTOS e de Gojira, mas acaba por acontecer o contrário.
Também seria de esperar que o Godzilla fosse um vilão, mas acabou por ser o herói para todos.
É um filme que se vê bem num serão e bem acompanhado. Mas a única lição que a película dá ao espetador, é já óbvia: a de o Homem pensar que pode controlar a Natureza, mas é o oposto que acaba por acontecer.
Curiosidades: O filme do britânico Gareth Edwards teve tanto sucesso nas bilheteira (cerca de 143 milhões de euros) que haverá uma sequela, e o Godzilla 2 já está em produção, mas ainda não foi anunciada a data de estreia.
Veja o trailer:
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