V for Vendetta (2005)

Se existe filme que dá a entender que não podemos ter medo, este leva a Óscar. V de Vingança conta a história de um homem que ambiciona um povo que questione o que lhe é dito através da comunicação social e que não seja atávico, o que acontece várias vezes na sociedade atual. Este homem esconde-se atrás de uma máscara para dizer o que sente e para lutar pela liberdade que sempre ambicionou. Ao ser procurado pela polícia britânica e pelo próprio Presidente de Inglaterra, “V” fala para todo o povo britânico, afirmando que no dia 5 de Novembro do ano seguinte, as Casas do Parlamento explodirão.  Resta saber se V consegue fazer juz à justiça e liberdade que tanto ambiciona.

Ao lado de V, junta-se Evey, que aprenderá a não ter medo e a viver a vida de uma forma livre. 

Trata-se de um filme que aborda temas como a justiça, que é feita pelas próprias mãos de V, liberdade, corrupção feita pelo Governo e lealdade. 

Podemos perceber com esta película, que temos todos que trabalhar em prol do governo, fazer notícias em prol do mesmo, até pensar em prol de. No entanto, numa pura democracia, a verdade viria sempre ao de cima, custasse a quem tivesse que custar. Sendo assim, será que se pode chamar Democracia a um país onde existe a censura, ainda que, de uma forma indireta? Onde um apresentador de TV é morto por ironizar o facto do Presidente de Inglaterra ser realmente corrupto. Como é possível um filme de 2005 continuar tão recente?

Com cenários extraordinários, pode-se salientar a casa de V, que a muito se equipara a um museu, repleto de esculturas e artefactos antigos. Quanto aos planos, são mais evidentes os médios, aproximados e de conjunto, isto para mostrar de uma forma bastante clara os sentimentos dos personagens. Já as cores predominantes são o preto, cinzento e azul escuro, isto para que o espetador entre na história de uma forma mais precisa e sinta as emoções de injustiça, corrupção, mentira e vingança que o filme transmite. Já a montagem é visível, uma vez que os cortes entre os planos e as cenas são bastante percetíveis.

O ator que interpreta "V" é Hugo Weaving, conhecido por ter entrado em filmes como Matrix (1999), e Cloud Atlas (2012). Já Natalie Portman caracteriza a amável, mas forte Evey. Podemos reconhecê-la de filmes como Closer (2004), Star Wars, (2005) e Cisne Negro (2010). 

O realizador do filme, James McTeigue, é conhecido por ter co-realizado filmes como Matrix (1999) e Star Wars (2002). V for Vendetta foi escrito pelos famosos irmãos Wachowski.

Veja o trailer:

 

Curiosidades:

Este filme foi inspirado pelos romances gráficos de Alan Moore, e desenhados por David Loyd.

Um grupo baseado na Internet, Anonymoys, adotou a máscara que V utilizou como símbolo do mesmo. 

Ganhou 4 prémios, como o de Best Actress e o de Best Production Design.

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Closer (2004)

Assim que o filme começa, podemos ver que nos espera uma história de amor, através da música de Damien Rice "Blower's Daughter" e do slowmotion da primeira cena. Resta saber que tipo de história de amor se aborda.

Assim, temos quatro personagens centrais que cruzam os seus destinos, transmitindo para o espetador valores como: lealdade, traição e amor. De um lado temos Alice (Natalie Portman), uma ex-stripper que cruza o seu caminho com Dan, enquanto andam na rua. (Jude Law). Por sua vez, Dan conhece Anna, (Julia Roberts) uma fotógrafa reconhecida, que fotografa Dan para a capa do seu livro. Mais tarde, Dan conhece Larry (Clive Owen) pelo site "London Sex anon", através de uma pura brincadeira. No entanto, esta brincadeira fez com que Larry e Anna se conhecessem, começando assim uma relação amorosa.

Até aqui parece tudo muito simples e linear. Mas é quando Anna e Dan se voltam a ver que os problemas surgem. Os dois estão apaixonados um pelo outro, mas estão em relações com outros parceiros. Entretanto, Larry conhece Alice e ambos reconhecem que os seus companheiros estão apaixonados um pelo outro. 

O "cupido", como Anna e Larry chamam Dan, vai fazer de tudo para ganhar o amor de Anna. Mas será que consegue? Será que a personalidade forte de Larry acabará por ceder? E alice, será que aceita ser trocada? Resta aqui saber que, quem tudo quer, tudo perde.

Com uma história marcante do início ao fim, Mike Nichols traz-nos um filme baseado numa peça teatral do britânico intemporal Patrick Marber.

Veja o trailer: 

 

Recursos expressivos e linguagem:

Este filme tem uma linguagem bastante forte, onde se priveligia a montagem alternada, como na cena em que Anna e Dan contam aos seus parceiros que têm um caso. Esta ação desenvolve-se na mesma cena e o espetador percebe que o tema dos seus diálogos é o mesmo. No que diz respeito à profundidade de campo, esta encontra-se em Deep focus, uma vez que o que se vê no primeiro plano é completamente nítid, com uma luminosidade profunda. Esta nitidez é visível na cena em que estão todos na exposição fotográfica «The Strangers», de Anna.No que diz respeito aos enquadramentos de câmara, pode-se dizer que existe a predominância para os planos médios, aproximados e grandes planos. No que diz respeito às angulaturas, estes planos têm praticamente um ângulo frontal.

A banda sonora do filme é também bastante expressiva, e temos como destaque "The blower's daughter", que entra logo na primeira cena, em slowmotion. Esta música entrou nesta cena para mostrar ao espetador que Alice e Dan olham bastante um para o outro enquanto andam. Daí o refrão da música "I can't take my eyes off you".

No que diz respeito à cor, predominam as cores claras, como o azul e o branco, dando uma expressividade limpa quanto às filmagens.

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