sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Boy A (2007)




Uma nova identidade. Jack Burridge. Uma nova identidade para esconder um passado sombrio. Algo que o marcou todos os dias.
Eric Watson, ou Jack Burridge (como é agora conhecido) é um rapaz cheio de traumas, que acabou de sair da prisão, a sua segunda casa durante vários anos. Vai tentar refazer a sua vida e ser uma pessoa como todas as outras. Mas o passado persegue-o e não o vai deixar.
Por momentos, Jack consegue um emprego, arranja novos amigos, diverte-se e vive a vida. Apaixona-se por Michelle, que o vai ajudar bastante nesta nova vida.
Um dia, Jack faz um ato heroico: salva uma menina de um grande acidente de automóvel. Este ato heroico servirá para que Jack se liberte de algumas correntes do passado e seja visto pelo que ele realmente é: uma boa pessoa.
Mas, como tudo na vida, Jack vai ter que superar os obstáculos do passado e viver o presente. Será que consegue? O que lhe acontece é bastante subjetivo e cabe a cada um de nós imaginar um fim para esta personagem, em nada equilibrada.
Este filme mostra que uma pessoa não deve ser julgada pelos erros que cometeu no passado, e que todos nós merecemos uma segunda oportunidade. Mas antes de as pessoas não nos julgarem, nós mesmos não nos podemos julgar nem culpabilizar pelo que já se passou num tempo já quase esquecido.
Trata-se de um filme que mexe com o espetador, porque acaba por sentir o que a personagem sente, e acaba também por compreendê-la. Um aspeto muito bom nesta película são os flashbacks que Jack tem, acerca do seu passado com Phillipp. Estes fazem com que sintamos a necessidade de continuar a ver o filme para percebermos o que realmente aconteceu, e em que circunstâncias. 
É de salientar que o ator que dá a vida a Jack Burridge, Andrew Garfield, fez um papel incrível, e conseguiu realmente transmitir o que o personagem sentia. É também de realçar que Boy A foi dos primeiros filmes em que entrou e que, desde então tem participado em vários filmes bastante reconhecidos, como Never Let Me Go (2010) e The Amazing Spider-Man (2012). Já o realizador do filme, John Crowley, fez um trabalho impressionante, embora não consiga comparar com nenhum outro filme que tenha feito. No entanto, penso que conseguiu contar a história do início ao fim, sem falhas.

Como planos podemos contar com médios e bastantes aproximados, principalmente quando Jack mostra o que sente. As cores são várias vezes frias, dando uma grande expressividade ao filme. A banda sonora do filme não é a melhor, mas não fica áquem dos sentimentos que quer transmitir.

Veja o trailer:


Para mais informações sobre o filme, clique aqui.





quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Snatch - porcos e diamantes (2000)




Cena 1: Turkish e Tommy estão sentados e dão a entender que estão metidos numa alhada por causa de um mau negócio. 


A verdade é que neste filme todos percebem um pouco acerca de um diamante em especial, um de 84 quilates, que Frankie Four Fingers roubou a um judeu. O que ele não sabe é que todas as personagens do filme vão atrás do diamante e que farão de tudo para o terem. O que as personagens não sabem é que todos vão-se cruzar num thriller com um toque de comédia, devido aos “maus negócios” dos mafiosos.
Por um lado temos Vinny e Sol, dois companheiros que vão dar início à busca do diamante, assaltando Frankie Four Fingers. Mas Boris, um russo apelidado de “evita balas” vai roubar-lhes o diamante e deixá-los apenas com um corpo para tratarem. Mas isto não fica assim.
De volta às personagens faladas inicialmente, Turkish e Tommy são empresários de pugilismo, e para não ficarem em dívida com o grande mafioso Brick Top (porque ficarem em divída com este senhor significa morrerem e serem dados aos porcos), arranjam um cigano chamado Mickey para lutar no próximo combate. O que eles não sabem é que Mickey foi campeão de boxe e não vai facilitar a vida nem a Turkish e Tommy, e muito menos a Brick Top.
Mas recapitulando a história do diamante. Depois de Boris roubar-lhes o diamante, entra na história o famoso “Cousin Avi”, um americano meio judeu, que viaja para Londres à extrema velocidade de 2 segundos (primazia de Guy Ritchie). Isto para reaver o diamante que Frankie Four Fingers lhe havia prometido. Qual não é o seu espanto quando sabe que este já não o possui e quem o tem é Boris. É nesta altura que entra o perigoso Bullet-Tooth Tony, para reaver o tal famoso diamante. É aqui que a história começa a ter realmente piada. Todos se assaltam uns aos outros e no final quem fica com o diamante é um ser muito especial.
Bom, mas voltando à história do pugilista. A mãe de Mickey é morta a mandado do mafioso Brick Top, e o cigano promete fazer vingança. É por isso que o campeão de boxe ganha as duas lutas, endividando e pondo a cabeça de Brick Top a prémio.


Cena final: Turkish e Tommy estão sentados e a vender algo, resta saber agora o quê.

Quando vi este filme, por momentos dei por mim a perguntar-me se não estaria a ver um filme do grande Quentin Tarantino, devido à facilidade em voar de uma história para outra. E também pelos efeitos visuais que a película tem, que são, desde já, extraordinários. É um filme que requer a atenção do espetador, mas que é muito fácil de ver. Podemos contar com uma caracterização fantástica dos personagens. Por um lado temos um Brad Pitt que interpreta na perfeição um cigano trapaceiro. Por outro temos Rade Serbedzija, que faz um brilhante papel. Um dos protagonistas, e de grande reconhecimento pelos filmes de ação em que já entrou, Jason Statham faz um papel em nada pesado, e com um pouco de piada. E assentou-lhe que nem uma luva. Snatch – porcos e diamantes, conta com o galardoado Benicio Del Toro que, mais uma vez, teve uma prestação incrível, embora curta.

Quanto à encenação e montagem do filme, podemos contar logo com um início preenchido com uma apresentação fantástica, onde o espetador fica a perceber que as personagens estão interligadas umas às outras. São visíveis também os cortes nos planos e cenas, fazendo com que a montagem seja visível. Quanto aos planos, são percetívais vários planos: os aproximados, os médios, os de conjunto. Os picados, contra-picados e frontais. Penso que estes cortes são muito próprios da identidade dos filmes de Guy Ricthie. Já em Um Mal Nunca Vem Só (1998) podemos contar com este tipo de cortes nos planos e cenas. Podemos ver vários slow-motions, para que capte ainda mais a atenção do espetador ao que se está a passar. Um slow-motion que achei fenomenal foi quando Mickey (Brad Pitt) é golpeado no rosto e começa a cair para trás, e esta técnica faz com que ele fique hirto e suspenso no ar durante uns dois segundos, o que é simplesmente brilhante. Quanto às cores, temos cores muito frias, isto também ao facto do filme se passar praticamente todo em Londres. Mas também porque, sendo um filme de ação, com o uso de armas e todas as mortes que este acarreta, daria mais vivacidade ao mesmo. 

O filme Snatch - porcos e diamantes tem este nome porque o mesmo centra-se à volta de um diamante e... porque Brick Top mata os seus inimigos cortando-os em 6 pedaços e dando-os aos porcos. 


Veja o trailer:



Para mais informações acerca do filme, clique aqui.



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