Aviso: Se tem fome, coma antes de ver este filme.
Coloquei este aviso antes do texto porque eu não comi e decidi ver o filme. Resultado: assaltei a cozinha assim que o filme acabou.
Nunca imaginei o ator - e agora realizador - Jon Favreau produzir um filme tão...apetitoso. Tirando os clichés normais, o "Chef" é uma película de ver e chorar por mais.
Nunca imaginei o ator - e agora realizador - Jon Favreau produzir um filme tão...apetitoso. Tirando os clichés normais, o "Chef" é uma película de ver e chorar por mais.
A história que envolve o protagonista, cujo nome é Carl Casper, é vulgar: divorciado, um filho, chef de um restaurante (cujo dono é nem mais, nem menos Dustin Hoffman), infeliz por não ter liberdade numa cozinha que, supostamente, deveria estar sob o seu comando, mas grato por poder ir quase todas as noites para casa com a rececionista do restau
rante em que trabalha, Molly (Scarlett Johansson).
A sua vida é vulgar até ao dia em que o crítico mais famoso de Los Angeles decide provar a ementa do chef Carl Casper. Como já seria de esperar, e é aqui que está o primeiro cliché do filme, este crítico arrasa completamente com Carl, pela negativa. A sua comida foi tida como aborrecida e Carl como "carente" e "enfadonha".
Como é óbvio, esta crítica arrasou com Carl, mas é aqui que vem a criatividade de Jon Fravreau enquanto realizador e escritor. A crítica que foi feita ao protagonista tornou-se viral na Internet e, no espaço de horas, percorreu a rede social Twitter à velocidade de segundos.
Peripécias após peripécias, Carl acaba por se despedir e procurar trabalho por conta própria. O seu desespero é um regalo para os olhos, porque o protagonista refugia-se fazendo comida - diga-se de passagem, com um incrível aspeto. Nem se consegue perceber de que é que são feitos os molhos que ele vai colocando em cima da sua mesa, mas dá vontade de comê-los, só por causa das cores garridas e vivas que saltam logo à vista.
E é com a ajuda da sua ex-mulher que Carl consegue uma roulote e decide vender sandes cubanas, com aquela carne suculent
a e pão estaladiço e tostado que dá vontade de...ver e chorar para poder provar, nem que seja apenas um bocadinho.
Um outro cliché do filme está no facto de a vendas das sandes cubanas numa roulote remodelada ter sido um sucesso. Mas o fator diferenciador está mais no "porquê" daquele êxito: não foi apenas pela qualidade das sandes, porque disso ninguém duvida. Mas foi pela forma como o filho de Carl adotou uma estratégia de Marketing sem sequer dar por isso, e de uma forma totalmente gratuita: redes sociais. Percy criou um facebook, uma conta Twitter e, lá, postava fotografias e vídeos diariamente e também os próximos locais que o seu pai iria visitar. Através destas publicações, os clientes de Carl quadruplicaram.
E o final, já estão a ver: sucesso garantido. Mas o que fica no ar é: de que forma é que ele conseguiu ter sucesso?
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