segunda-feira, 10 de junho de 2013

O Último Samurai (2003)

Baseado na história verídica do século XIX, quando o Japão se entregou às demandas dos Estados Unidos da América, tornando-se num país mais ocidental, mesmo com a oposição dos samurais.
O filme conta a história de Nathan Algren (Tom Cruise), um militar que participou na Guerra Civil Americana (1861-1865). Este é chamado para treinar o exército japonês contra os samurais. No entanto, em confronto com os samurais, Nathan Algren é apanhado pelos samurais e Katsumoto (Ken Watanabe), chefe dos mesmos, faz do primeiro um prisioneiro na sua aldeia. Este acontecimento faz com que haja plot-twist na película, que prenderá o espetador aos hábitos e valores dos samurais. 
Uma história verdadeiramente aliciante e apaziguadora, que nos faz querer viajar entre imagens e sensações. Valores como a honra, a entreajuda, a lealdade, o perfecionismo e a coragem. Sensações de paz, de alma e a nível físico. 

O filme conta com uma narrativa do tipo linear, visto que há continuidade no filme. Quanto aos enquadramentos, os predominantes são os médios, os de conjunto e os americanos. Os ângulos dos planos são praticamente todos frontais. Há, neste filme, um ponto obrigatório a abordar: a banda sonora. Esta foi composta por Hans Zimmer, um grande compositor que já trabalhou para filmes como Black Hawk Down (2001) e Gladiador (2000). As músicas deste filme dão uma grande expressividade aos momentos do mesmo, transpondo as emoções dos personagens para o ecrã de uma forma estonteante. Tal é visível nas cenas em que é demonstrado o estilo de vida dos samurais e nas sequências em que existe um clímax demasiado expressivo. 
No que diz respeito à montagem, esta é visível, uma vez que o espetador pode reparar nos cortes entre planos que existem. Pode-se perceber isso na cena em que Katsumoto fala com os seus dois companheiros, e aqui são percetíveis os cortes entre os planos que existem entre as três personagens, alternando várias vezes de um plano para o outro.
Quanto à profundidade de campo, pode-se dizer que o filme tem uma profundidade tipo deep focus, uma vez que o que está em segundo plano é totalmente nítido. Tal é percetível na cena em que Nathan Algren treina o exército japonês. Já a luz, esta é várias vezes natural, e outras vezes são utilizadas luzes quentes, para o filme ter uma maior expressividade de calma durante o filme.

É de salientar que O Último Samurai foi o primeiro filme americano em que o ator Ken Watanabe trabalhou. A partir de então já entrou em filmes de extremo sucesso como Batman Begins (2005) A Origem (2010), ambos feitos por Christopher Nolan. 
O realizador deste filme, Edward Zwick, merece todos os créditos e críticas de que foi alvo. Fez um trabalho extraordinário, juntando uma excelente história a uma excelente montagem. O mesmo já realizou filmes como Diamante de Sangue (2006) e Um ato de Liberdade (2008).


Veja o trailer:



Para saber mais sobre o filme, clique aqui.


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